Aquiles Emir
Dono do segundo maior rebanho de bovinos do Nordeste, atrás apenas da Bahia, o Maranhão é o 12º estado em abate desses animais, segundo pesquisa divulgada semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com o levantamento, na comparação com o primeiro trimestre de 2013, este ano houve um aumento de 18,7%, tendo se registrado ainda crescimento nas exportações da carne, bem como nos abates de suínos. Os números do IBGE apontam que de janeiro a março deste ano foram abatidas no estado 185.898 reses bovinas, contra 156.657 no mesmo período de 2013. No que diz respeito às exportações, o aumento foi de 69.970 toneladas para 124.305 toneladas, o que representa uma variação de 77,7%.
Em nível nacional, o IBGE diz que no primeiro trimestre de 2014 foram abatidas 8,4 milhões de cabeças de bovinos, 5,9% menor que o recorde alcançado no trimestre anterior (outubro a dezembro de 2013), que foi de 8,9 milhões de cabeças, e 2,9% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2013 (8,1 milhões de cabeças). Nos comparativos anuais dos mesmos trimestres, o 1º trimestre de 2014 é o décimo consecutivo em que se tem observado aumento da quantidade de bovinos abatidos, registrando recorde entre os primeiros trimestres. Houve incremento de 238,9 mil cabeças bovinas abatidas, com destaque para Minas Gerais (122,2 mil cabeças), Goiás (102,6 mil) e Pará (63,9 mil). Mato Grosso continuou na liderança nacional do abate de bovinos, apesar da queda de 3,4% da quantidade de cabeças abatidas no mesmo comparativo. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás ocuparam as três primeiras posições, respondendo juntos por 38,9% dos abates.

Frangos - No segmento de frangos, os abates de 2014, no país, somaram 1,4 bilhão de cabeças, melhor desempenho entre os primeiros trimestres desde que a pesquisa foi criada em 1997. Esse resultado significou queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 5,5% na comparação com o mesmo período de 2013. O peso acumulado das carcaças foi de 3,2 milhões de toneladas no 1° trimestre de 2014, representando aumentos de 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 11,7% frente ao mesmo período de 2013. Não há registros sobre o Maranhão.
Os resultados registrados no 1° trimestre de 2014 apresentaram, na comparação com o mesmo trimestre de 2013, aumento da participação da região Sul no agregado nacional de 59,7% para 61,5%. O crescimento da região Sul (8,6%) foi resultado do aumento no número de cabeças de frangos abatidas no Paraná (mais 30,5 milhões de cabeças), no Rio Grande do Sul (23,4 milhões) e em Santa Catarina (13,8 milhões). Paraná foi o principal estado no ranking brasileiro.
Suínos - No 1° trimestre de 2014 foram abatidas, no Brasil, 8,7 milhões de cabeças de suínos, representando quedas de 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2013. No comparativo anual entre os primeiros trimestres, o resultado deste trimestre interrompeu uma sequência de variação positiva do abate iniciada em 2004. O Maranhão registrou aumento de 5,1%, com um salto de 3.977 animais para 4.180 animais.
O Sul do país respondeu por 65,1% do abate nacional de suínos no 1º trimestre de 2014, seguida pelas regiões Sudeste (18,8%), Centro-Oeste (14,8%), Nordeste (1,2%) e Norte (0,1%). No comparativo entre os 1° trimestres de 2014 e 2013, a região Sul apresentou queda (-0,1%) na sua participação e variação negativa (-1,7%) no volume abatido. Paraná e Rio Grande do Sul conjuntamente reduziram o abate de suínos num volume superior ao aumento ocorrido em Santa Catarina. A região Sudeste aumentou sua participação em 0,7%, enquanto a Centro-Oeste reduziu em 0,6%. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná lideraram, nesta ordem, o rankingnacional.