No mês de abril de 2019, foram emplacadas em São Luís, 532 motocicletas e em março deste ano, mesmo com as restrições ao comércio de veículos por conta da pandemia de coronavirus, foram 442, mas em abril passado foram apenas 10 unidades, isto mesmo: dez. Os números são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e este é mais um retrato dos efeitos das medidas ainda mais restritivas ao setor produtivo.
Pará Cristino Jardim, diretor comercial da Alvorada Motos, concessionária Honda e maior empresa no ramo de duas rodas no estado, a queda era previsível. No início de abril, ele anunciou vendas inexpressivas em maio. Os números poderiam ser ainda mais assustadores para o setor se não estivesse embutido o saldo do final de março, computado somente em abril.
A previsão é que maio seja ainda mais desastroso, caso não haja flexibilização do governo para que as concessionárias voltem a funcionar ainda que sejam impostas normas de controle, como uso de máscaras e outros produtos de proteção e limpeza, para empregados e clientes, agendamento etc.
Venda de Chery - Apesar de a transação estar fechada, a transferência da bandeira Caoa Chery, da Auvepar para Saga, foi adiada para o mês de junho. Segundo Carlos Gaspar, concessionário atual, o adiamento deu-se em face da situação econômica consequência do combate à pandemia de coronavirus. Ao que tudo indica, a mudança deve ocorrer dia 1° de junho.
Reservas dos bancos - Com a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19, os bancos reforçaram provisões para o caso de calote dos clientes, o que ajudou a reduzir o lucro no primeiro trimestre deste ano. Entre os maiores bancos do país que já divulgaram o resultado do primeiro trimestre está o Banco do Brasil (BB) que registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2019.
Economia na pandemia - O governador Flávio Dino (PCdoB) não gosta quando notícia ou comentário sobre a crise econômica atual faça menção às medidas do governo para frear a proliferação do covid-19. Prefere atribuir a crise à própria pandemia, pois nem tudo, segundo ele, parou por força de decreto e cita como exemplo o setor aéreo em que as empresas estão com seus aviões em terra porque não vale a pena voar, já que não há passageiros para transportar.
Antecipação de feriado - Das medidas anunciadas sexta-feira (08) pelo governador Flávio Dino, a mais surpreendentes e incompreensível é o feriado do próximo dia 15 para efeitos do rodízio de veículos em São Luís. Segunda (11) e quarta-feira (13) poderão circular apenas os veículos com placa de final ímpar; na terça (12) e quinta-feira (14) poderão circular os tenham placas com final par. Sexta-feira (15) será o feriado antecipado de Adesão do Maranhão à Independência, comemorado dia 28 de julho. Nesse dia, ambas as placas podem circular, se houver motivação, assim como sábado (16) e domingo (18), mas o transporte intermunicipal de passageiros será suspenso por conta do "feriadão".
Abre ou fica fechado? - Sexta-feira (08) e sábado (09), o secretário de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, reuniu, por videoconferência, empresários dos setores de construção civil, material de construção e educação para negociarem a retomada de suas atividades. Blábláblá, e nada ficou definido, devendo esses empresários enviarem propostas sobre como pretendem reiniciar seus negócios.
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